O programa visa promover a concessão de crédito por parte dos bancos comerciais, às micro, pequenas e médias empresas e empreendedores singulares, nos sectores prioritários do desenvolvimento do país.

A análise foi feita em reunião conjunta das comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros.

Como resultado da avaliação ficou o registo de o Angola Investe ter representado, no ano de 2015, cerca de 18 porcento do total do crédito aprovado e 11 porcento do crédito desembolsado pela banca comercial.

Com estes resultados, o valor global de crédito aprovado cresceu 22 porcento em relação ao ano de 2014, com 120 projectos aprovados, que podem gerar mais de 65 mil empregos, entre directos, indirectos e induzidos.

No segmento da agricultura, que é visto como a base do desenvolvimento do país, a semana ficou marcada com o contínuo crescimento da produção da banana e do café, produtos que ganham espaço nas exportações do país.

A banana teve o ponto alto no encontro dos principais produtores do país concretizado na 5ª Edição da Feira da Banana no Panguila, província do Bengo.

O universo de participantes ilustra bem a importância crescente deste produto na economia angolana. Trezentos expositores, dos quais 267 do Bengo. Marcam também presença produtores de Luanda, do Zaire, Uíge, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Malanje, Benguela e Lunda Norte.

Sobre o café ficou o anúncio da retomada da produção em grande escala no Uíge.

Paulo Pombolo, o governador provincial do Uíge, afirmou que a retomada da produção resulta do processo de relançamento iniciado em 2010.

Para transformar toda essa produção agrícola, a indústria afigura-se como um factor decisivo, daí que durante a semana ficou patente a aposta cada vez maior na edificação de pólos de desenvolvimento industrial nas diferentes regiões do país.

Trata-se de um trabalho no qual o Executivo angolano prevê aplicar na infraestruturação desses pólos cerca de 368 milhões de dólares norte-americanos.

No enquadramento do referido investimento estão os pólos industriais da Caála (Huambo), Negage (Uíge), Porto Amboim (Cuanza Sul), Malanje, Soyo (Zaire), Menongue (Cuando Cubango) e Dondo (Cuanza Norte), com aproximadamente 100 hectares cada um.

Ainda na indústria, ficou a informação que o ministério de tutela vai implementar seis programas dirigidos, dos nove concluídos nas áreas de transformação de carne, sabão, farinhas de milho, de trigo, embalagens de vidro, leite pasteurizado e de açucar.

O objectivo da implementação destes programas é olhar principalmente para os produtos da cesta básica, bem como aumentar a produção e criar excedente para exportação.

Quando estes projectos estiverem concretizados deverão beneficiar da Zona de Comércio Livre de África (ZCLC), uma iniciativa que interessa ao país.

Foi neste quadro que Angola participou de 23 a 24 deste mês (Maio) na II Reunião do Fórum de Negociação da Zona do Comércio Livre Continental (ZCLC), realizado em Addis Abeba (Etiópia).

O fórum no qual o país esteve representado pelo ministro do Comércio, Fiel Constantino, marcou para o próximo ano (2017) a proclamação zona de comércio livre no continente, em cimeira de Chefes de Estado da União Africana (UA).

Com a proclamação da ZCLC se pretende alargar o comércio para todo o continente, reduzindo-se assim as barreiras alfandegárias e tarifárias “da África do Sul ao Magreb”.

Quanto a participações de delegações angolanas em eventos sobre economia fora do país, a semana registou a presença de Angola na 51ª Assembleia do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e na 42ª do Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD).

Os dois encontros aconteceram em Lusaka, a capital da Zâmbia, no período de 23 a 27 de Maio último.

Angola esteve representada nos dois fóruns por directores e técnicos dos Ministérios das Finanças (MINFIN) e do Planeamento e do Desenvolvimento do Território (MPDT) e do Banco Nacional de Angola (BNA).

Internamente, o BNA quer adequar sistema financeiro nacional às normas internacionais.

Para o efeito, o banco central prevê criar um organismo eficaz do sistema financeiro com a competência de prever riscos e contingências de risco sistémico, numa acção que visa acompanhar a dinâmica do sistema financeiro mundial.

Fonte: ANGOP

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