Os bancos BIC e Millenium Atlântico estão disponíveis para financiar projectos do sector agro-pecuário, para viabilizar a estratégia da diversificação da economia nacional e a redução das importações.

 

Representantes dos dois bancos manifestaram tal disponibilidade no I Seminário sobre Mecanismos de Acesso ao Financiamento, Incentivos e Benefícios Fiscais, promovido quinta-feira pela Sociedade de Desenvolvimento do Pólo Agro-Industrial de Capanda (SODEPAC), em Cacuso, Malanje.
O director de Empresas do Banco Millenium Atlântico, Luís Esquível, disse que a preferência recai sobre as pequenas e médias empresas interessadas em investir nas áreas agrícola e pecuária, mediante a apresentação de projectos viáveis.
As iniciativas orientadas para a diversificação da economia, geração de empregos e substituição das importações merecem uma resposta positiva do banco, que afirma ser líder no financiamento do sector agropecuário no quadro do Programa Angola Investe. O representante do BIC, Francisco Lourenço, afirmou que a cedência de créditos ao agronegócio constitui prioridade do banco, bastando para tal que o investidor tenha projectos exequíveis, que elevem a competitividade e garantam o incremento da produção.
Revelou que o BIC já concedeu perto de dois mil milhões de kwanzas no âmbito do programa Angola Investe, nos últimos 4 anos. O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, defendeu no seminário uma maior abertura ao investimento estrangeiro em projectos hidroeléctricos, estradas e outros que concorram para o crescimento sem a obrigatoriedade da formação de parcerias com o empresariado nacional.
José Severino referiu que o abrandamento do crescimento económico do país e do mundo conduz à promoção do investimento estrangeiro, por nem sempre haver disponibilidade do Estado e da banca nacional para cobrir os custos decorrentes destes investimentos.
Lembrou que a aposta no sector agrícola se afigura como determinante para inverter o quadro de dependência do petróleo, produto cujo preço tende a oscilar no mercado internacional, sendo por isso crucial a interacção e o trabalho conjugado entre os diferentes sectores, com vista o aumento do Produto Interno Bruto (PIB), assim como elevar a competitividade a nível da região Austral da qual Angola faz parte.
José Severino também apelou a mais financiamentos e incentivos fiscais para quem investe no interior do país, tendo em atenção as dificuldades com que os investidores destas parcelas do país se deparam para instalar os seus projectos, desde capital financeiro e humano aos meios circulantes.
O I Seminário sobre Mecanismos de Acesso ao Financiamento, Incentivos e Benefícios Fiscais visou criar uma plataforma de diálogo entre instituições financeiras e os investidores instalados e que se venham a instalar no referido Pólo de Capanda.

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