Os empresários angolanos pretendem que a banca conceda crédito com taxas de juro cada vez mais baixas, de modo a se tornarem competitivos em relação a outros países, afirmou hoje, quinta-feira, na capital angolana, o presidente da Associação Empresarial de Luanda.

 

Segundo Francisco Viana, que falava à imprensa à margem do I congresso da instituição que dirige, nalguns países os empresários vão a banca buscar dinheiro com taxas que rondam os dois a quatro porcento, enquanto os angolanos chegam a pagar taxas de juro de até 14 porcento.

“Logicamente, assim os nossos empresários não podem ser competitivos, se comparados com alguns colegas estrangeiros, pois os custos de produção são mais altos e obviamente vai diminuir a competitividade”, desabafou.

Por outro lado, considerou, há a questão política, e aí já não compete aos bancos privados assumirem esse risco e sim o Estado, que já está a fazê-lo a nível do Angola Investe, por exemplo, em que se capitaliza o empresário nacional.

O responsável alerta que existem muitos empresários que precisam de ser capitalizados, pois ainda que tenham boa vontade e pretendam ajudar a diversificar a economia angolana, não conseguem alcançar os seus objectivos.

Entretanto, Francisco Viana disse existir outro problema, tendo a realidade demonstrado que nalguns casos quando o empresário é capitalizado não devolve o dinheiro e quem fica descapitalizado é o banco.

Por isso, advoga uma mudança de mentalidades, de maneira a que o banco quando empresta saiba que vai ter o seu lucro e que o empresário saiba que quando empresta deve pagar as suas dívidas.

Com duração de dois dias, o I Congresso dos Empresários de Luanda, que procura ser uma via de apoio ao governo nos seus esforços de diversificação da economia, vai abordar temas como Modernização e funcionamento do sistema financeiro, Os desafios da diversificação, Fomento empresarial e incentivos ao empreendedorismo, Diversificar, apostando no turismo, Contratação pública e substituição das importações, dentre outros.

Participam ainda no evento, governantes, membros do corpo diplomático, bancários e demais convidados.

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