O Regulamento da Linha de Crédito de Apoio ao Empreendedor Jovem (Projovem), aprovado quinta-feira (12), em Luanda, pelo Executivo Angolano constitui uma acção oportuna, necessária e positiva para implementação de projectos deste extracto, tendo em conta as dificuldades financeiras que a juventude enfrenta na concretização dos seus planos.

 

A afirmação foi feita em Luanda pelo coordenador geral do Fórum Angolano dos Jovens Empreendedores (FAJE), Alberto Mendes, tendo considerado a acção do Executivo como um sinal positivo que vai ajudar os jovens a materializar os seus projectos e elevar o nível de iniciativas privadas no país, visando o desenvolvimento socio-económico de Angola.

Em declarações à Angop, a propósito da aprovação do “Projovem”, orçado em quatro biliões de kwanzas para financiar jovens empreendedores, o líder juvenil afirmou que esta necessita deste tipo de apoio para concretizar as ideias brilhantes que possuem e dinamizar o empreendedorismo nacional, gerando emprego e riqueza para o país.

Por outro lado, o coordenador geral do FAJE recomendou que a disponibilização ou distribuição destes recursos financeiros aos jovens seja feita através de instituições eficientes e que sejam inclusivas.

“Sugerimos que a disponibilização dos valores monetários aos jovens empreendedores seja feita pelas instituições financeiras como os bancos, em parceria com as entidades não financeiras que lidam directamente com a juventude para que o montante a ser disponibilizado a cada projecto possa ter o retorno definido no acto da concessão do crédito”, apelou.

Quanto a disponibilização de 200 mil dólares para cada projecto, definido pelo “Projovem”, o responsável considerou um valor bom e suficiente para quem vai começar a implementação de um projecto empresarial, desde que os critérios a serem utilizados para a selecção dos projectos sejam ajustados dentro de uma estratégia global ou nacional, vocacionada à diversificação económica do país.

Segundo Alberto Mendes, os jovens devem apresentar os seus projectos para serem submetidos a uma selecção criteriosa pelas instituições afins, visando o crescimento económico e melhoria das condições de vida das populações.

Apontou a formação em matérias de empreendedorismo e gestão, o empenho na busca de soluções do dia-a-dia e o financiamento como os principais pilares que fazem com que um empreendedor seja bem sucedido.

Afirmou que o FAJE está disponível a contribuir e apoiar iniciativas do género, com vista a acompanhar o desempenho dos jovens que estão a ser formados em matérias de empreendedorismo pelo governo.

O “Projovem”, que será assegurado pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), vem dar resposta a algumas das solicitações feitas pela juventude durante o Fórum Nacional de Auscultação dos Jovens, realizado em 2013, no âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND/2013-2017).

A linha de crédito, que terá como operadores entidades ligadas ao Conselho Nacional da Juventude, Instituto Nacional da Juventude e o Instituto Nacional de Apoio às Micros, Pequenas e Médias Empresas, vai financiar os sectores da hotelaria e turismo, indústria, agricultura, pecuária, prestação de serviços, das pescas, tecnologias de informação e comunicação, do comércio e empreendedorismo cultural, respectivamente.

O projecto ora aprovado durante a 1ª Reunião Ordinária Conjunta das Comissões Económica e para Economia Real do Conselho de Ministros, orientada pelo Titular do Poder Executivo, José Eduardo dos Santos, visa entre outros objectivos, criar um mecanismo para que os jovens possam dedicar-se ao empreendedorismo, no quadro de um novo processo de educação da juventude, com vista a pôr em marcha o espírito criativo.

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