O governo angolano deve ser mais rigoroso na fiscalização e monitorização das pessoas que beneficiem do Regulamento da Linha de Crédito de Apoio ao Empreendedor Jovem (Projovem).
Contactados pela Angop hoje, quinta-feira, os jovens de Icolo e Bengo concordaram que deve haver fiscalização rigorosa por parte do governo para permitir pleno reembolso do crédito e facilitar que as empresas tenham rendimentos, criando maior numero de empregos.
Afonso Alfredo Rodrigues, técnico superior de antropologia pela Universidade Agostinho Neto, disse que o programa faz renascer uma esperança de progresso socioeconómico para a camada juvenil.
Segundo o antropólogo, o projovem só terá êxitos se todos cumprirem com os seus deveres e forem responsabilizados os incumpridores.
Júlia João Domingos disse que a iniciativa do governo é uma mais-valia para a juventude, e afirmou estar a tratar a documentação para um projecto de comércio e prestação de serviços.
Mas nem todos cidadãos encontram-se satisfeitos com os critérios exigidos pelo programa, que aponta como cláusula etária as pessoas dos 18 aos 40 anos de idade.
Santos João António, de 41 anos de idade, entende que todo indivíduo que tenha faculdades mentais e físicas em condições devia ter acesso ao crédito.
“ Já tenho uma empresa bem constituída de prestação de serviço, comércio a retalho, mas sem capital ou financiamento, mas a minha idade já não permite e no entanto tenho experiencia e vontade “, desabafou.
O empreendedor adianta que governo devia abrir excepções e adicionar nos critérios de idade para até 45 anos, desde que o interessado demonstre ter as competências necessárias.
O valor da linha de financiamento “Projovem” está estimada em mais de quatro mil milhões de kwanzas, e o valor máximo a conceder por cada solicitante será o equivalente a 200 mil dólares norte-americanos assegurado pelo Banco de Desenvolvimento Angola (BDA).
Os jovens que precisam mais informações devem dirigirem-se ao Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) e aos Centros do conselho nacional de juventude (CNJ).
As áreas de negócios para financiados são agricultura, pecuárias, pesca (produção vegetal, animal e pescas), Tecnologias de informação, comunicação e inovação (cyber cafés, oficinas de computadores entre outros), Cultura (livrarias e ateliers de moda), Industrias (moagens e serralharias), respectivamente.
O “Projovem” é uma iniciativa do Executivo Angolano que visa financiar projectos para jovens empreendedores e criar um mecanismo para que os jovens possam dedicar-se ao empreendedorismo, no âmbito de um novo processo de educação da juventude, com vista a pôr em marcha o espírito criativo.
O programa foi aprovada a 12 de Janeiro deste amo durante a 1ª Reunião Ordinária Conjunta das Comissões Económicas e para Economia Real do Conselho de Ministros e visa entre outros objectivos, criar um mecanismo para que os jovens possam dedicar-se ao empreendedorismo, no quadro de um novo processo de educação da juventude, com vista a pôr em marcha o espírito criativo.