A recolha e inserção dos dados estatísticos das prestadoras de serviços à indústria petrolífera constitui um imperativo para que as estatísticas oficiais possam reflectir melhor a realidade económica do país, afirmou hoje o vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Dias.
Segundo o responsável, que discursava na abertura do workshop sobre a “relevância dos dados das empresas prestadoras de serviços à industria petrolífera nas estatísticas da balança de pagamentos”, das empresas que providenciam dados para efeitos de compilação da balança de pagamento, as do sector petrolífero ainda apresentam uma cobertura estatística insuficiente.
Esta insuficiência de recolha, produção e divulgação de dados constitui preocupação no âmbito da consolidação do Sistema Estatística Nacional.
Explicou que a lei prevê sanções a qualquer recusa ou falsidade de informação estatística prestada ao BNA, que tem realizado acções de sensibilização de carácter formativo e informativo das respectivas empresas.
Desde 2008, as estatísticas ganharam grande dimensão e utilidade, quer a nível mundial, como nacional.
De acordo com o responsável, a literacia estatística da população angolana melhorou bastante, e com isso a consulta de informações estatísticas oficiais aumentou consideravelmente.
Assim sendo, os órgãos produtores de estatísticas oficiais do país estão empenhados em grandes desafios que passam pela melhoria das estatísticas por si produzidas, tendo em conta o papel crucial que estas desempenham, como instrumento eficiente de coordenação e suporte à tomada de decisões, quer dos gestores públicos, empresas e das famílias.
“É nessa perspectiva que acolhemos o presente workshop, uma iniciativa conjunta do BNA e da AECIPA, com o objectivo de apresentar a importância estratégica que as empresas prestadoras de serviços à indústria petrolífera podem ter no desenvolvimento o sistema estatístico nacional através de um maior alargamento da cobertura estatística deste sector na balança de pagamentos”, disse.
Realçou que o sector petrolífero é e continuará a ser por algum tempo o motor da economia angolana, “pelo que as empresas petrolíferas são o motor da economia, pois, sem elas o sector petrolífero não sobreviveria”.
A propósito, o presidente da Associação das Empresas Contratadas da Indústria Petrolífera Angolana (AECIPA), Bráulio de Brito, disse que apesar dos níveis de produção global se manterem, a indústria petrolífera global atravessa um momento de desafios, registando um desequilíbrio de demanda, preços e oferta.
Explicou que pela situação macroeconómica se regista em termos cumulativos a perda de emprego de muitos cidadãos que rondam entre os três mil técnicos angolanos despedidos nos últimos anos das empresas prestadoras de serviços à indústria petrolífera.
A AECIPA – Associação das Empresas Contratadas da Indústria Petrolífera Angolana é uma instituição sem fins lucrativos, que tem como principais objectivos a promoção do desenvolvimento de negócio das empresas prestadoras de serviço e apoia-las na abordagem e resolução das questões que dizem respeito a vida destas empresas em Angola.