A Fundação Africana de Inovação (African Innovation Foundation-AIF, em inglês) anunciou o lançamento da 7ª edição do Prémio de Inovação para África “IPA 2018”, com o tema “Investir em ecossistemas de inovação inclusivos”.
O prémio, de periodicidade anual, pretende celebrar as inovações notáveis que proponham soluções práticas, comercialmente viáveis e duráveis, face aos problemas africanos, de acordo com um documento da organização que promove o prémio.
A directora do Prémio de Inovação para África, Pauline Mujawamariya Koelbl, disse estar segura de que esta edição vai ser maior e melhor em termos de participação e qualidade das candidaturas. “Nesta edição, esperamos expandir a nossa rede de inovadores, parceiros e outros actores participantes com o objectivo de unir e construir ecossistemas de inovação mais fortes e sustentáveis que vão ajudar a desenvolver o continente”, acentuou a responsável.
Candidaturas
O processo de entrega das candidaturas ao Prémio de Inovação para África 2018 começou há uma semana e termina às 23h59 de 10 de Janeiro de 2018.
As candidaturas são avaliadas de acordo com os temas do Prémio que apoiam a inovação social e económica em cinco domínios: indústria transformadora e de serviços, saúde e bem-estar, agricultura e agro-negócio, ambiente, energia e água e tecnologias de informação e comunicação. Os vencedores do IPA 2018 são anunciados numa cerimónia anual, em Julho de 2018, em data e país a serem confirmados pela organização.
A cerimónia de entrega dos prémios é um evento que reúne alguns dos inovadores e empreendedores mais inspirados de África, líderes de plataformas ligadas ao desenvolvimento, investidores, instituições de desenvolvimento, líderes governamentais, profissionais da media e outras personalidades.
O tema escolhido para este ano visa apelar aos governos africanos para investirem no fomento da inovação africana com o objectivo de aumentar o acesso ao conhecimento e melhorar a colaboração entre as nações africanas, permitindo que os inovadores locais tenham acesso aos mercados de maior expressão.
Objectivo do prémio
O objectivo do Prémio de Inovação para África é fortalecer os ecossistemas inovadores africanos, apoiando uma cultura que fomente o desenvolvimento e competitividade, além de estimular o crescimento de soluções africanas orientadas para o mercado e desafios africanos. O IPA reconhece e incentiva progressos pioneiros que contribuam para o desenvolvimento de novos produtos, aumentando a eficiência e economizando custos para África.
O Prémio de Inovação para África é uma plataforma para mostrar a criatividade que existe em África. Anualmente, centenas de participantes apresentam propostas com novas soluções para superar os desafios específicos de África.
No ano passado, foram registadas mais de 2.500 candidaturas, com um número recorde de mulheres candidatas na história do prémio. Participaram 482 mulheres, correspondendo a 19 por cento do total das inscrições recebidas.
Até agora, a AIF apoiou os vencedores e os finalistas com mais de um milhão de dólares para promoverem as suas inovações. Devido à visibilidade dada pelo Prémio de Inovação para África, os vencedores das anteriores edições obtiveram mais de 30 milhões de dólares em investimentos para desenvolver e promover os seus negócios.
A organização contribuiu para a construção de ecossistemas de inovação africanos e testemunhou o crescimento de oportunidades para inovadores africanos em relação a 2011, ano da primeira edição do IPA.
Para a edição deste ano, o vencedor recebe 100 mil dólares e o segundo 25 mil. Além disso, há um prémio de reconhecimento para os sete candidatos finalistas, devendo cada um receber cinco mil dólares. Os prémios IPA celebram o engenho africano e recompensam os inovadores africanos que melhor se empenham em resolver os desafios africanos, criando novas oportunidades que levam ao crescimento sustentável em todo o continente.
Edições anteriores
As edições anteriores do IPA foram realizadas no Ghana, em 2017, Botswana, em 2016, Marrocos, em 2015, Nigéria, em 2014, África do Sul, em 2013, e Etiópia, em 2012. A existência do IPA é resultado de uma decisão da União Africana (UA) e da Comissão Económica das Nações Unidas para a África (Uneca), que aprovaram uma resolução para apoiar a AIF com o objectivo de promover sociedades baseadas na inovação em todo o continente.