A falta de informação contabilística por parte de algumas empresas nacionais influencia na decisão tomada de decisão dos bancos conceder financiamento, por não garantir credibilidade, declarou hoje o director de planeamento e controlo do Banco de poupança e Credito (BPC), Sandro da Silva.
Segundo o responsável, que falava à imprensa no fórum sobre banca, financiamento e crédito sob o tema: Linhas de financiamento como incentivam o investimento e as exportações, outros factores que impossibilitam a concessão de crédito são a deficiente organização e a qualidade das garantias que as empresas apresentam.
Para ultrapassar essa situação, o director apresentou algumas medidas transversais, que passa pela adequação dos processos de créditos nas suas diferentes fases.
Disse ser já um facto a existência do fundo de garantia, as linhas de créditos bonificadas, como o Angola investe e outras linhas que podem ser criados pelo executivo para facilitar e ajudar as empresas a organizarem-se.
No quadro do Angola Invest, disse que banco já aprovou trinta e um projectos no valor de seis mil milhões de kwanzas, aproximadamente, embora ter reduzido nos últimos dois anos devido à situação financeira que país atravessa.
“ O BPC neste momento está a rever todo processo de crédito para tornar o processo mais seguro e com menos riscos e quando terminar poderemos de conceder crédito as empresas como foi nos anos anteriores”, disse.
O director fez saber que esse processo de transformação vai demorar no máximo cinco anos, porem, as medidas de financiamento vão ser implementadas ao longo deste tempo.
Sandro da silva informou que o banco dará prioridade à agricultura, pesca e construção definidos pelo Executivo.
Por sua vez, o presidente da Agência para Promoção de Investimento e Exportações de Angola (APIEX), Belarmino Van-Dúnem, afirmou que as linhas de financiamento constituem o elo entre a banca e os empresários, para identificar constrangimentos e avançar soluções para alavancar a economia.
Segundo Belarmino Van-Dúnem, estes financiamentos vão servir para contrapor a actual situação de crise económica que o país atravessa.
Afirmou que neste momento o país tem uma estratégia para saída da crise, na qual estão identificados todos os produtos prioritários, daí esperar que os empresários escolham as suas áreas de actuação e bancos elegerem os projectos com viabilidade económica.
Em relação aos empresários que reclamam por falta de financiamento, o presidente da APIEX disse que o fórum serve como resposta a estas reclamações e facilitar a abertura de financiamento bem como na abertura de portas para o empresariado nacional.
A actividade teve por objectivo informar o empresariado nacional e estrangeiro sobre as fontes de financiamento existentes no país, bem como identificar soluções conjuntas, de modo para saída da crise.